E COM AMOR, VIROU POESIA | RESENHA LITERÁRIA

E com amor, virou poesia, da autora Jane Marassi, é um daqueles doces lembretes de que a vida, apesar dos pesares, ainda vale a pena para sentirmos o que, por vezes, evitamos ou nos resguardamos de sentir.

Com leveza, Marassi relata com tom pessoal e com aparência verídica a pureza do sentir, descrevendo com poucas palavras, o que permanece intrínseco no coração, revelando o exato momento em que o amor se transforma em versos.

Sabe aquelas doses diárias de pequenos afetos que gostaríamos de sentir ou que servem de identificação para um momento especial que estamos passando? “E com amor, virou poesia” é feito de delicadezas que compilam sentimentos como amor, memória e afeto e os costuram com a magia da poesia.

Algumas histórias literárias podem soar como o alívio daquele grito preso em nossas gargantas, aqui a leitura sussurra como um lembrete da ternura existente em nossas vidas.

A vontade era devorar o livro em pouco tempo, mas a delícia de saboreá-lo de acordo com os dias foi a melhor decisão que tive. Iniciei a leitura gradualmente, mas em uma segunda visita optei por abri-lo ao acaso, como se buscasse por um sinal no dia. E às vezes, ol encontrei. Como um carinho necessário à espera de ser recebido com ansiedade.

Sem nenhuma pretensão de ser um livro complicado, Jane Marassi passeia por temas que sugere um reencontro consigo mesma em pequenas singelezas da vida, que também conta com dores e cicatrizes que não se ausentam de parte da jornada.

Vivendo numa atualidade tão barulhenta, Com amor, virou poesia se torna uma pausa de respiro e lembrete de que sim, tudo ao nosso redor, pode ser poético, assim como nós.

Atualmente vemos muitos exemplares com a temática poética (que existe desde sempre, mas que se popularizou recentemente – e que bom que isso aconteceu), mas se a sua procura vai de encontro com um livro que abrace as palavras, esse é o convite da Editora Codal a você. Com amor, virou poesia – e com poesia é possível se curar.