Elenco da segunda temporada da série Elite, da Netflix
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2ª TEMPORADA DE ELITE | CRÍTICA

Em era em que as séries fora do universo Hollywood começam a ganhar maior notoriedade, a 2ª temporada de Elite se sobressai no cenário teen e conquista o público infanto-juvenil.

Sem nenhuma receita nova, a série bebe muito de fontes já conhecidas pelo público e envolve tramas clássicas, onde há a típica vilã, o galã, os rejeitados, os populares, a filha da emprega que tenta se encaixar, os rebeldes sem causa, assim seguindo a fórmula nenhum pouco secreta que cria identificação e resulta em sucesso de exibição.

Em terra de milionários, os bolsistas do colégio Las Encinas provocam mudanças no que antes, era um território inviolável para os filhinhos de papai. Se na 1ª temporada o foco era o mistério que rondava a morte de Marina (María Pedraza) e os autores do assassinato, na 2ª temporada de Elite vemos os segredos sendo expostos ao assistirmos os adolescentes perderem a guerra para a falta de consciência limpa e claro, a maturidade que só acreditam ter.

Jovens que brincam a todo o instante de serem adultos, vivendo uma rotina deliberada de drogas, sexo e festas, se envolvendo em grandes problemas que acabam sendo resolvidos pelos adultos quando o cerco se fecha. Já consumimos muitos produtos americanos e ingleses deste gênero, e a Espanha tem aproveitado sua alta popularidade atual para oferecer sua própria dose em um cenário que parece não estar farto.

Alguns novos rostos aparecem para complementar a história, e assim conhecemos o sarcástico Valerio (Jorge López), a ardilosa Cayetanna (Georgina Amorós) e a espontânea Rebeca (Claudia Salas). Suas narrativas se entrelaçam com os demais alunos que enfrentam luto, culpa, mágoa e vingança.

(Divulgação: Elite | Netflix)

Sem mágica, o acerto da 2ª temporada de Elite se dá por meio das reviravoltas inesperadas do enredo e os cliffhangers de um episódio para o outro que nos lembram a esfera presente nas novelas latinas.

O elenco carismático, que trouxe não em vão rostos como Jaime Lorente e Miguel Herrán, de La Casa De Papel na primeira temporada, na segunda saem quase como meras participações especiais, abrindo espaço para que os demais protagonistas também conquistem espaços de destaque.

O elenco é talentoso e ajuda a amarrar as histórias dos personagens, mas apesar da abundante quantidade de acontecimentos, o evento principal, sendo a morte de Marina, se desenvolve a passos lentos. A 2ª temporada de Elite permanece mastigando os sofrimentos e conflitos entre os protagonistas sobre o assassinato, e consome tempo demasiado com informações que já sabemos. Não atrapalha o andamento da série, mas poderia ter sido melhor desenvolvido.

A série abraça a diversidade e trabalha questões tabus e de preconceitos variados de maneira simples, mas admirável, sendo um fator positivo para uma trama que impacta muitos jovens em processo de formação de caráter.

Se você se interessa por dramas adolescentes e luxúria, você está entre o público alvo da série Elite

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NOTA:

TRAILER:

Uma jornalista um tanto quanto nerd, apaixonada por conteúdo, música, filmes, séries e afins. Fundou o blog para dividir as alegrias e as angústias de uma vida que surpreende a cada novo capítulo.

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