GOT | 8ª Temporada – 2º Episódio: A Knight of The Seven Kingdoms
Atenção leitores! Este texto contém SPOILERS! Caso não tenha assistido ao episódio ainda, retorne mais tarde. Você foi avisadx.
Em pleno domingo de Páscoa, os fãs de GOT puderam conferir o segundo episódio da 8ª temporada de Game of Thrones e apesar da ansiedade pelos conflitos que agora estão nos portões de Winterfell, os personagens precisavam acertar algumas questões antes da batalha com os White Walkers. O destaque do episódio ficou sem dúvida alguma, para as mulheres da série. Brienne, Sansa, Arya, Daenerys, Lyanna Mormont e até mesmo Gilly.
O segundo episódio de Game of Thrones: A Knight Of The Seven Kingdoms (Uma Cavaleira dos Sete Reinos) ainda amarra algumas pontas da trama, mas o sentimento que paira sobre ele, é o de despedida. Os fãs já aguardam as perdas que virão, mas assistir os personagens dizendo adeus, relembrando o que passaram e reafirmando a todo o momento que não vão sobreviver, provoca um embrulho no estômago. Assistimos a realização de alguns últimos desejos possíveis de serem realizados nas condições que eles se encontram e a redenção de erros passados.
O episódio já inicia não perdendo tempo. Após a chegada de Jaime Lannister (Nikolaj Coster-Waldau) em Winterfell, ele automaticamente passa por um julgamento. Daenerys (Emilia Clarke) relembra os atos que o levaram a ser conhecido como “Regicida”. Sansa (Sophie Turner) também relembra a morte de Ned e os sofrimentos que a casa Lannister causou aos Starks. Tyrion (Peter Dinklage) se manifesta em prol de Jaime ao perceber que as acusações podem leva-lo à morte, na tentativa de defender o irmão, mas sem muito sucesso. Daenerys demonstra rispidez quanto a Tyrion, após descobrir que Cersei (Lena Headey) não cumprira sua palavra em lutar pelos vivos e deixar as questões em relação ao Trono de Ferro de lado. A mãe dos dragões insinua que Tyrion talvez pudesse estar favorecendo a irmã e coloca sua credibilidade e confiança em jogo. Presenciando a derrota de Tyrion ao tentar defender Jaime, Brienne of Tarth (Gwendoline Christie) se manifesta notavelmente e aponta questões que não o inocentam dos crimes cometidos, mas que demonstram que Jaime se diferencia da irmã em diferentes aspectos. Brienne revela que o Regicida a salvou e perdeu a mão por causa disso, além de tê-la possibilitado salvar a vida de Sansa. Ao ouvir os relatos de Brienne, sem ao menos questionar ou argumentar com Daenerys, Sansa praticamente decide o destino de Jaime e aceita sua contribuição na batalha que está por vir, livrando-o da pena de morte.
Assistir o amadurecimento de Sansa Stark tem sido formidável. Depois de anos se escondendo e tentando sobreviver à sua maneira em meio à queda de sua família, a jovem aprendeu muito com o que viu e ouviu ao longo dos anos, tendo perdido o medo de se posicionar e defender o que acredita, o que frustra Daenerys, ao perceber que sua posição não afeta Sansa. Logo após o julgamento, a mãe dos dragões pede para falar a sós com Lady Sansa, para tentarem resolver o estranhamento que paira entre ambas. A rainha revela que se apaixonou por Jon e se está no norte, é porque confia na palavra de Snow e decidiu apoiá-lo no conflito contra os White Walkers, deixando suas próprias batalhas de lado pra isso. Já Sansa revela que depois de tudo o que enfrentaram, o Norte prometeu jamais se curvar para outros reis ou rainhas. Lady Sansa demonstra gratidão à Daenerys por ter se unido a eles, mas questiona sobre as questões políticas envolvendo o Norte após o término dos conflitos. Sansa parece entender a importância de não criar maiores atritos em relação a essa questão devido a guerra, mas não teme dizer a verdade e defender o que tanto lutou para conquistar ao longo dos anos. Mas ela também não conhece a fundo o passado de Dany, apenas ouviu os relatos sobre o Rei Louco e a era dos Targaryans quando era criança. A questão é que o passado delas se assemelha em diferentes pontos, longe de serem iguais, mas ambas fizeram o que podiam para sobreviverem em meio a uma vida que lhes foi roubada
Um dos momentos mais belos do episódio, e algo que muitas pessoas esperavam há tempos, é a nomeação de Brienne of Tarth como uma Cavaleira dos Sete Reinos. Em um momento de descontração, em que alguns personagens se reúnem em volta da lareira para se aquecerem até a chegada dos White Walkers e beberem um pouco de vinho ao falarem da vida, Tormund (Kristofer Hivju), que já está em Winterfell com os demais sobreviventes da muralha, questiona sobre Brienne não levar o título de Sor. Brienne explica que uma mulher não poderia receber tal honra, por causa de tradições.
“Fuck Traditions” – Giantsbane, Tormund
(haha, ok não resisti)
Jaime faz jus a fala de Tormund e decide nomear Brienne antes da batalha, o que era um dos maiores desejos da agora então cavaleira. O momento é singelo e bonito. A entrega da atriz, Gwendoline Christie, à cena da personagem, emociona. (Aplaudi de pé, nem vou negar). Jaime também se coloca sob os comandos de Brienne para a guerra. Ainda em clima de despedidas e realização de desejos, às vezes, nos esquecemos o quanto alguns personagens cresceram, e Arya (Maisie Williams), é um deles. A jovem que encomendou uma arma específica para a batalha a Gendry (Joe Dempsie), sempre que questionada ou ao ter sua maturidade posta à prova, com cálculo em suas palavras, prova que a garotinha que saiu de Winterfell ainda na primeira temporada, não é a mesma.
“Eu conheço a morte. Ela tem várias faces. Estou ansiosa para conhecer essa” – Arya Stark
Apesar de ansiosa para o conflito, é inegável a apreensão na personagem, assim como os demais. Logo após receber a encomenda de Gendry, a jovem sem rodeios revela não querer morrer sem saber como é ter uma experiência na cama com um homem. A cena soa como uma permissão de Arya a si mesma, pra sentir. Simplesmente se aproximar da relação com outro ser humano a esse nível, algo que a personagem nunca se permitiu anteriormente.
“Eu não sou a mulher vermelha. Tire você mesmo as próprias calças” – Stark, Arya.
(HAHAHA Não vou parar, já perceberam né?)
O segundo episódio de Game of Thrones, finalmente revela quais são as reais motivações do Rei da Noite, algo que sempre foi especulado pelos fãs da série. Após Ben e Tormund informar a Jon que eles possuem apenas até o amanhecer do dia seguinte para se preparar para a guerra, os personagens se reúnem para montar estratégias para o combate. Em meio à discussão de táticas, e as possibilidades de ataques, Bran revela ser o principal alvo do Rei da Noite como o Corvo de Três Olhos, e o que ele deseja é apagar este mundo e que Bran é a “memória deste mundo”. Sam analisa as palavras de Bran e simplifica:
“É isso que a morte significa. Esquecer. Ser esquecido. Se esquecermos onde estivemos e o que fizemos, não seremos mais humanos, apenas animais. Suas memórias não se originam dos livros. Suas histórias não são apenas histórias. Se eu quisesse apagar o mundo dos homens, eu começaria por você”.
Bran ainda sinaliza que o Rei da Noite já tentou destruir outros Corvos de Três Olhos antes, mas apesar do grande risco, precisará servir como isca para que o líder do exército dos mortos se exponha. Esta é a única chance dos vivos de vencer a guerra, de acordo com Jon. Theon Greyjoy (Alfie Allen), que retorna para Winterfell neste episódio e se coloca sob o comando de Lady Sansa (o que parece incomodar Daenerys, como se fosse uma autoridade que ela devesse conceder, não Sansa) para servir na batalha, como forma de redenção por todos os erros cometidos no passado com a Casa Stark, e se oferece para proteger Bran durante o conflito.
Neste episódio, Bran e Jaime se reencontram, após o acidente na primeira temporada que deixou o jovem paraplégico. Bran perdoa Jaime e diz que se nada daquilo tivesse acontecido, ele ainda seria Bran Stark. Jaime fica um pouco confuso com a declaração do jovem e estranha o fato de que ele não sinta raiva por tudo o que aconteceu. Durante diálogo, Bran fala um pouco sobre ter se transformado no Corvo de Três Olhos, mas a complexidade do que isso significa ainda está sendo descoberta por nós.
Que todos são encantados por Lyanna Mormont (Bella Ramsey) não é novidade e a cada episódio ela continua a impressionar. Apesar de ainda ser uma criança, seu discurso é de uma mulher feita que sabe de suas obrigações e deveres como uma das comandantes da Ilha dos Ursos, e impressiona tamanha maturidade e coragem em seu discurso. Em uma breve cena entre Lyanna e seu primo, Sor Jorah Mormont (Iain Glen), a menina se recusa a ficar nas criptas e afirma que já lutou antes, que treinou seus homens e vai lutar com os demais parceiros do Norte. Tentando proteger a prima, Sor Jorah diz que ela é o futuro da Casa Mormont, mas a jovem devolve o argumento:
“Não preciso que me lembre disso. Não vou me esconder no subterrâneo. Planejo lutar pelo Norte e vou lutar”.
(Você quer o trono Lyanna? Eu te dou!)
E encerra o assunto em seguida. Até mesmo Gilly (Hannah Murray) tenta contribuir para o bem das pessoas em Winterfell. Já que não luta, ela tenta conduzir as pessoas para as criptas, a fim de as manterem seguras ou tentarem sobreviver durante o conflito.
Depois de passar quase o episódio inteiro se esquivando de Daenerys, após descobrir a verdade sobre sua origem, Jon revela para a Dany o que Sam lhe contou enquanto estão nas criptas. A reação da mãe dos dragões é de desconfiança quando Snow afirma que as únicas pessoas que sabem disso são Bran e Sam, mas a cena não é prolongada devido a chegada do exército dos White Walkers aos portões de Winterfell.
A cena de Podrick (Daniel Portman) cantando “Jenny of Oldstones” anuncia que muitos ali darão adeus em breve. Você pode conferir a música na voz da vocalista da banda Florence + The Machine no Spotify, clicando aqui.
Quais são suas apostas para o terceiro episódio?
Game of Thrones | 8ª Temporada - Prévia do 3º Episódio
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Marcella Montanari
Uma jornalista um tanto quanto nerd, apaixonada por conteúdo, música, filmes, séries e afins. Fundou o blog para dividir as alegrias e as angústias de uma vida que surpreende a cada novo capítulo.