O JARDIM BOTÂNICO NACIONAL DA IRLANDA
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A Irlanda é muito conhecida pela beleza deslumbrante do país, com a natureza pronta para se exibir e ser facilmente escolhida para cenários de filmes, séries e afins. E claro, que eu não poderia deixar de trazer um post especial sobre um dos meus lugares favoritos em Dublin que é o Jardim Botânico Nacional da Irlanda.
O Jardim Botânico Nacional da Irlanda (The National Botanic Gardens of Ireland) se encontra na cidade de Dublin, no bairro residencial Glasnevin, situado na área norte da cidade. Em 1790, o médico e botânico, Walter Wade, iniciou uma petição ao Parlamento Irlandês para que houvesse um jardim botânico aberto ao público.
Em 1795, a Sociedade de Dublin tomou posse das terras de Glasnevin e em 1800, os jardins foram abertos para o público; mesmo ano em que a primeira estufa foi construída e segue sendo aprimorada até os dias atuais.
Se você é um amante da natureza, vai adorar saber que o Jardim Botânico abriga mais de 15 mil espécies e cultivares de plantas do mundo todo, tendo mais de 300 espécies ameaçadas de extinção e seis já extintas na natureza.
Para chegar até o Jardim Botânico, levo cerca de 25 minutos andando desde a minha casa, mas existem várias linhas de ônibus que vão até lá, como a linha 4, 9, 155, entre outras, irá depender da sua localização na cidade. Mas para ajudar a planejar o seu passeio, saiba que o Jardim Botânico Nacional da Irlanda é aberto todos os dias, durante o ano todo (com exceção de 25 de dezembro, Natal), a partir das 9am até às 5pm durante a semana, e das 10am às 6pm durante os finais de semana e feriados.
Você deve estar se perguntando o valor deste passeio e adivinhem? A entrada para o Jardim Botânico Nacional da Irlanda é gratuita!
O QUE HÁ PARA VER NO JARDIM BOTÂNICO?
Mas o que há para ver ou fazer dentro do Jardim Botânico? Se liga em algumas das opções abaixo:
The Garden Tearoom
O The Garden Tearoom possui um restaurante que oferece sopas, sanduíches, bolos, bebidas e cafés especiais para comer no local apreciando uma vista panorâmica para os jardins ou opções de takeaway (para levar). Este espaço permanece aberto das 9am às 3h30pm durante a semana e das 10am às 4pm aos finais de semana.
Glasshouses
As estufas ou casas de vidro, na tradução literal, são como se apresentam: requintadamente restauradas e extensivamente plantadas. As estufas são o carro chefe do passeio, por serem famosas pela beleza que apresentam. Existem 7 seções de estufa sendo elas: The Teak House, The Alpine House, The Cactus and Succulent House, The Great Palm House, The Orchid House, The Curvilinear Range e The Victoria Waterlily House.
Cada uma mantém especificidades de cada espécie que podem ser apreciadas e se você possui interesse em saber mais sobre as estufas e as belezas que elas guardam, existem visitas guiadas interpretativas que ficam disponíveis de segunda a sábado por uma pequena taxa e são gratuitas aos domingos.
Garden Features
O jardim possui vários apetrechos para se dar uma olhada, tirar fotos e admirar. Como eles mesmos definem: existem características fascinantes que estão escondidas por trás de cada curva dentro do Jardim Botânico. Alguns destaques vão para:
?What is Life? – A escultura (?O que é a vida?) representa as duas maiores descobertas das ciências biológicas: a seleção natural de Darwin e a estrutura do DNA. A escultura foi contratada por Charles Jencks (1939-2019) para celebrar a Ciência na Irlanda e para encorajar todos, especialmente os jovens, a entender a ciência e o papel que ela desempenha na sociedade.
The Sundials – Há dois relógios de sol no Jardim Botânico Nacional da Irlanda. O primeiro, feito em meados do século XVIII por Lynch de 26 Capel Street, em Dublin, está em frente a estufa Palm House e é um dos poucos mostradores em minutos individuais. O segundo está ao lado do Rio Tolka, no Rose Garden, contendo uma seta que aponta diretamente para a Estrela do Norte, conhecida como Polaris. A sombra projetada pelo segundo relógio indica a progressão entre as datas do solstício até o equinócio.
The Bandstand – Construído em 1894, este Coreto é considerado por eles uma espécie de abrigo que nunca teria acomodado uma banda. De acordo com o que é informado no site oficial, até a década de 1860, os conservatórios eram mantidos fechados ao público, e em 1877, não havia mais que 36 assentos no jardim como um todo, portanto, ele serviu mais como abrigo e assento para as pessoas quando foi construído.
The Chaintent – Uma corrente pérgola circular erguida pouco depois de 1834 pelo então jardineiro-chefe Ninian Niven. Atualmente, a pérgola suporta uma série de perfumadas Glicínias, mais conhecida como a “Flor da Ternura”. A planta é uma trepadeira que foi adotada por gregos e romanos para simbolizar o romance e preservar o amor entre casais.
Socrates Statue – De acordo com os registros do Jardim Botânico, a estátua de Sócrates chegou no local em 1959, pela Iveagh House.
Craobh – Esta escultura em madeira foi esculpida de um tronco de carvalho húngaro por Gerard Cox e foi batizada pelo nome de Craobh, uma palavra irlandesa que pode ser traduzida como o galho de uma árvore. Ela foi encomendada pela Royal Dublin Society, e apresentada pelo Presidente Sr. Sean Tinney, em 11 de julho de 1995, a fim de comemorar o bicentenário do Jardim Botânico.
The Viking House – Se você tem curiosidade em ver um pouco sobre a Era Viking, dentro do Jardim Botânico há uma recriação precisa de uma das primeiras casas de Dublin com base em evidências arqueológicas. Esta réplica foi construída em 2014 pelo mestre artesão Eoin Donnelly e seu telhado de palha por Peter Compton. Em 1961, algumas escavações na região de Wood Quay e Fishamble Street, em Dublin, revelaram os restos perfeitamente preservados da Viking Dublin, datadas entre os séculos IX e X.
VR Garden Walks
E se você está no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo e sentiu vontade de realizar este passeio, fique sabendo que é possível visitar o Jardim Botânico Nacional da Irlanda pela internet, numa experiência 360° clicando aqui
MINHA EXPERIÊNCIA NO JARDIM BOTÂNICO
A cada novo passeio é possível descobrir um cantinho novo para amar. E fiquem tranquilos porque há banheiros espalhados pelo local e várias trilhas para caminhar em uma paisagem incrível que possibilita até mesmo se sentar e realizar um piquenique.
Se eu puder deixar uma recomendação pessoal é: vá quando não estiver chovendo ou fazendo muito frio, pois é um ótimo lugar para se ter contato com a natureza sem ter que sair da cidade, sendo assim, em períodos mais quentes, a experiência se torna melhor.
Como mencionei anteriormente, o restaurante oferece pequenas refeições. Quando visitei o Jardim pela última vez, pedi uma Coca-Cola com uma porção de salada e uma quiche, tendo sido €12 ao todo. Se você não quiser gastar com alimentação no local, recomendo que leve algum lanche na mochila e muita água para se hidratar durante o passeio.
É sempre importante lembrar de olhar o horário de funcionamento do Jardim Botânico Nacional da Irlanda. Por mais que tenhamos informado os horários de funcionamento de acordo com o site oficial, é sempre bom dar uma olhada no site pelo menos alguns dias antes de visitar o local para ter certeza do horário de funcionamento atualizado. Não confie apenas no Google Maps! Eu acabei fazendo isso e não deu muito certo.
O Jardim Botânico é cheio de pequenos riachos e esquilos espalhados que andam tranquilamente entre as pessoas. O local tem uma paisagem maravilhosa, além de ter um ambiente perfeito para bater muitas fotos e você irá se surpreender com o cuidado e a paz que o ambiente traz.
Definitivamente, se vocês vierem para Dublin algum dia, coloquem o National Botanic Garden na lista de vocês, porque tenho certeza que não irão se arrepender.
Gostaram? Então me conta, quais lugares você gostaria de me ver visitando na Irlanda e produzindo conteúdo sobre eles para vocês?
Vou ali e já volto! Beijos e até a próxima.
Coautoria: Marcella Montanari
Informações históricas: https://botanicgardens.ie/glasnevin/
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Mariama Alves
Uma professora que gosta de ensinar mais do que idiomas, que gosta de viver uma vida de recomeços, principalmente de compartilhar experiências e causos.