Personagens da 3ª Temporada de Big Mouth
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3ª Temporada de Big Mouth | Crítica

Big Mouth chega em sua 3ª temporada, com episódios desinteressantes e uma decadência gradativa desde a primeira temporada. A proposta de Nick Kroll, Andrew Goldberg e Jennifer Flackett se mostrou inicialmente interessante, mas na prática, apresentou episódios que estereotipou o tema principal e tratou o assunto de forma sórdida.

A 3ª temporada de Big Mouth exibe onze episódios com cerca de vinte e poucos minutos que com dificuldade, travam assuntos como masturbação, com ênfase no espectro feminino nesta temporada, além de tentarem abordar de forma superficial o homossexualismo, o bissexualismo, a panssexualidade e incesto.

A abordagem dos temas que envolvem a comunidade LGBT chamou a atenção de forma negativa, principalmente abordando a nova personagem, Ali (Ali Wong), que se apresenta como pansexual para os demais colegas de classe, mas a explicação do espectro foi vista de maneira a reforçar muitos preconceitos que cercam esse grupo de pessoas, pela elucidação simplista da questão.

 A polêmica chegou inclusive até os produtores, que reconheceram o erro e se desculparam via Twitter, chegando inclusive a mencionar a falta de representação correta, dizendo que a complexidade do ser humano em termos de sexualidade é desafiador, mas que estavam ouvindo o que a comunidade tinha a dizer para melhor representa-los em futuras temporadas.

Andrew e o Monstro dos Hormônios na 3ª temporada de Big Mouth
(Divulgação: Big Mouth | Netflix)

A proposta de abordar sexo como uma quebra de tabu, de forma descontraída e com bom humor termina por ostentar uma boa porcentagem de machismo e absurdos incoerentes. É possível que a série se torne mais atrativa para um público adolescente em fase de descobertas do que para um público adulto.

Desde a 2ª temporada, Big Mouth vem apresentando queda de qualidade e a 3ª se manifesta como uma prova de que talvez seja o momento de rever o caminho no qual os produtores seguiram ou encerrar o desenho nonsense em breve.

Big Mouth não é a primeira animação a apresentar narrativas semelhantes à puberdade e não será a última, mas o enredo construído de forma grotesca poderá não se auto sustentar por mais tempo. A adolescência é um dos períodos mais assustadores na vida de uma pessoa e a perda da inocência munida com o medo das primeiras vezes é bem representada pela série

, mas que leva alguns temas ao limite do cômico, atingindo a bizarrice e o clichê.

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NOTA:

TRAILER:

Uma jornalista um tanto quanto nerd, apaixonada por conteúdo, música, filmes, séries e afins. Fundou o blog para dividir as alegrias e as angústias de uma vida que surpreende a cada novo capítulo.

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