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GAME OF THRONES | 8ª Temporada – 6º Episódio: The Iron Throne

Uma despedida boa para poucos, satisfatória para outros e um tanto quanto amarga para alguns. Se a 8ª temporada de Game Of Thrones já estava causando grandes discussões, o episódio final foi determinante para dividir opiniões. Pela primeira vez deixei a importância do timing para escrever de lado, porque precisei de tempo para digerir, não somente a conclusão de uma história que acompanho há muitos anos, mas também para dizer adeus, o que não é fácil, principalmente quando histórias como essas nos modificam.

E para iniciar, já quero deixar claro que respeito as opiniões de ambos os lados (quem gostou e quem não gostou), e essa é a minha, e quanto fã, estou no direito de exercer a crítica aqui feita, porque é isso, a série foi feita para os fãs, estamos no direito de sentir se foi realizado um bom trabalho ou não e nem sempre todos os envolvidos devem ser responsabilizados. Aliás, nossas opiniões, como tudo na vida vão convergir, mas nada consegue tirar o brilho e a grandiosidade da série e do universo criado por GRRM.

Inicio dizendo que pela primeira vez assisti um episódio de Game Of Thrones sem empolgação, sem todo aquele sentimento de que algo BOM de fato me foi entregue, e de todos os episódios, “The Iron Throne” foi o mais problemático. Desde a 7ª temporada, era percebido uma certa queda na qualidade do roteiro que despencou na 8ª temporada, aparentando uma pressa incabível de finalizar algo que até aquele ponto haviam cuidado tão bem. Ao fim, 6 episódios pareceram pouco. Pouco para desenvolver tantas questões que ainda estavam sendo descobertas, outras pontas soltas mal amarradas e outras questões que pareceram irrelevantes para David Benioff e D.B. Weiss, mas que fizeram falta para manter algumas coerências. Já diziam que Game Of Thrones não era para amadores, não mesmo, e soou quase como pecado entregar algumas questões com tanto mal gosto, como pareceu, principalmente tendo levado 2 anos para a produção da última temporada.

O ARCO DE DAENERYS TARGARYEN

(Reprodução: Game of Thrones| HBO)

Há coerência na história, mas não há como negar que faltou dedicação para um desenvolvimento melhor, que deveria ter sido iniciado há algum tempo atrás, o que não foi feito. Claro que se entende o histórico familiar dos Targaryens, e mesmo tendo seus episódios de violência e tirania na história, ela nos soa como uma personagem tentando fazer o que era certo e nos passa despercebido essas ações de crueldade porque concordamos que ela faça mal a homens/pessoas más. Uma personagem que diz querer promover um mundo melhor e de forma repentina decide matar mulheres, crianças e homens desarmados para reconquistar poder, dificilmente não será tão bem aceito. Mesmo que D&D tenha dito que a perda de Rhaegal, Missandei e Jorah tenha pesado, ainda assim fica estranho aceitar uma atitude tão radical vinda da protagonista que conquistou um grande público ao longo dos anos. Mesmo sendo difícil, ainda tentamos ver o posicionamento dos showrunners de Game Of Thrones e entender que decidiram seguir o plano de trazer a personalidade tirana dela das sombras, sem filtro. Nada de rainha louca, no último episódio vemos uma mulher fria, tirana e sem arrependimentos ou pesar de ter eliminado as pessoas de Porto Real – uma personalidade muito distante da personagem de 7 temporadas atrás. Falta coerência? Não. Devido alguns fatos específicos, ainda pode-se dizer que nos deram alguns indícios, mas talvez o mal desenvolvimento dessa personalidade seja o fator responsável por ser tão difícil de engolir esse desfecho para muitos.

Um romance um tanto quanto sem graça que foi empurrado ao público no fim da sétima temporada, como forma de amarrar questões que ainda me pergunto se eram necessárias para tais, ou que apenas foi feito de forma tardia já que pretendiam encerrar a história com apenas 6 episódios na temporada seguinte. Um amor revelado quase como que desmedido e absoluto entre duas pessoas que mal se conheciam, mas que os obrigou a fugir dos seus próprios princípios e valores. Um peso muito grande para atitudes tão decisivas na história.

O ARCO DE JON SNOW

(Reprodução: Game of Thrones| HBO)

A sensação é de que não assisti Jon Snow na 8ª temporada de Game Of Thrones. Não sinto que me despedi do personagem. Nunca concordei com os julgamentos um tanto quanto ácidos que faziam dele até então. Sempre o vi muito semelhante a Ned Stark e um homem de bom coração, que pagou caro muitas vezes por causa disso, como Ned perdeu a cabeça, Jon também perdeu a vida defendendo o que acreditava ser certo. Quando o personagem foi ressuscitado por Melisandre, era óbvio que sua história ainda não havia terminado e que seu retorno tinha um grande propósito (guiar as pessoas para a luta contra os Caminhantes Brancos, mas me pergunto se executar Dany também fazia parte desse propósito).

Por um fim à vida de Dany não parece algo que partiria do próprio personagem, como não foi, precisou mais uma vez que ele fosse convencido de algo, no caso por Tyrion, para tomar uma atitude que sim, pareceu com Jon Snow. Matar Daenerys acabou se tornando necessário na narrativa, já que ela se apresentou como uma grande ameaça após não medir as consequências de prosseguir com o ataque a Porto Real. Em seu discurso de vitória aos Imaculados e aos Dothrakis, a Rainha afirma que a guerra não acabou e que ela continuaria a libertar o mundo, isso sob a premissa de que ela sabe o que de fato é bom para as pessoas, mas que elas não teriam a opção de escolher ou ir contra suas convicções, eles deveriam aceitar ou arcariam com as consequências de fogo e sangue.

Ao ir de encontro à Rainha, Jon tenta entender o lado de Dany, mas suas justificativas não condizem com a pessoa que ele acreditava que ela fosse, se revelando que na realidade, ela era exatamente aquilo que Tyrion havia alegado e infelizmente já não conseguia fazer algumas distinções devido a sede pelo poder e vingança. Neste momento Jon decide matar Dany. Em seguida, Drogon parece pressentir que a mãe está em perigo e vai de encontro a ela, ao perceber que ela não corresponde aos seus movimentos, Drogon se prepara para atacar. É neste momento que nos preparamos para nos despedirmos de Jon, mas Drogon o poupa e apenas destrói o Trono de Ferro antes de pegar Daenerys e voar para longe de Porto Real. Sem entender muito bem o porquê de poupá-lo, mas damos a chance de a história prosseguir.

Ao longo de toda a história de Game Of Thrones, o mistério que pairava sobre a real origem de Jon Snow foi arquitetado como algo que mais tarde teria valor ou alguma importância que seja, e de fato, uma das teorias dos fãs se provou certa. Jon nunca foi um bastardo do Norte, na realidade era o legítimo herdeiro do Trono de Ferro, Aegon Targaryen, filho de Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen. O que vimos ser feito com essa informação após ser descoberta? Nada. Acreditamos nisso até o último momento em vão. Jon Snow nunca desejou ter grandes títulos, ser Lorde Comandante da Patrulha da Noite, Rei do Norte ou dos Rei Sete Reinos, mas sempre fez o que era preciso para realizar o que fosse certo. Ao descobrir a informação, por Sam e Bran, Jon revela sua identidade à Dany e posteriormente a Arya e Sansa, que repassa a Tyrion, que repassa a Varys, que informa a verdadeira identidade de Jon por meio de cartas aos grandes Lordes de Westeros – e paga com a própria vida por isso. Por fim, após a morte de Dany, ninguém mais toca neste assunto, e não vemos quais fins se deram as cartas de Varys. Quem as recebeu? Ninguém as questionou? Apoiou ou sequer se manifestou para irem contra mais um Targaryen?

Por fim, vemos o personagem retornar para seu lugar de início, a Patrulha da Noite (que sequer existe mais), para cumprir pena por ter “salvado Westeros” de uma tirana que tirou outra tirana do poder.

Levando em consideração que a Muralha ainda existe, mas é desnecessária, já que foi construída para defender o território dos Selvagens (agora povo livre), e de outras ameaças como os Caminhantes Brancos (que foram eliminados na Batalha de Winterfell). Jon Snow é recebido pelo velho amigo Turmund, por seu lobo Fantasma e o povo livre, e juntos caminham para além da Muralha. Um final raso e medíocre para um personagem que contribuiu tanto para a narrativa desde o início. Game Of Thrones sempre gostou de surpreender o fãs, mesmo com as cenas mais brutas, mas com coerência, como a morte do Ned, que foi difícil de assistir, mas entendemos que suas falhas o levaram até aquele destino, como Rob e Catelyn que foram inocentes demais por acreditarem nos Frey, e assim adiante. Sempre houveram grandes justificativas em suas belas construções, mas não aqui. Nada justificaria esse desfecho que sim surpreendeu, mas de forma negativa, talvez tivesse sido mais coerente que o personagem tivesse morrido queimado por Drogon, haveria mais coerência matar a Rainha e perder a vida ao tentar salvar o povo de mais uma tirana, pagando com a própria vida pelo ato.

O JULGAMENTO DOS PRISIONEIROS

(Reprodução: Game of Thrones| HBO)

Após a morte de Daenerys, somos guiados ao conselho com alguns representantes das principais Casas de Westeros. Verme Cinzento que permanece fiel à Rainha, mesmo após sua morte, mantém Tyrion e Jon Snow como prisioneiros, mas leva somente Tyrion para ser julgado pelos Lordes e Ladies do conselho. Outra questão que fica no ar. Verme Cinzento estava tão convicto em seguir os mandos de Daenerys e eliminar todos que estavam a favor de Cersei ou conspirando contra Dany, como exibido nos episódios 5 e 6, que ainda manteve Tyrion e Jon como prisioneiros? Com toda a raiva demonstrada por ele, era esperado que fossem eliminar ambos ao invés de esperar que o conselho decidisse (por um bom tempo aliás, levando em consideração o estado aparente de ambos e pelo tamanho de suas barbas). O que torna a situação ainda mais incoerente quando o próprio líder dos Imaculados rebate o argumento de Sansa dizendo que a cidade pertence a ELES, e portanto ELES decidem e revidarão com o grande número de soldados de seu exército caso sejam contrariados.

Bastou algumas palavras de Davos e mesmo Tyrion como prisioneiro, para mudar a cabeça de Verme Cinzento (fácil assim?). E dentre as questões a serem decididas, fica sob a responsabilidade deles definirem quem seria o novo rei e em absolutamente nenhum momento, ninguém menciona o nome de Jon Snow, vulgo Aegon Targaryen, trivialmente o legítimo herdeiro do Trono de Ferro, para assumir tal cargo. Pra que serviu toda a descoberta por trás dessa questão então? O principal medo de Daenerys era exatamente este, que Jon assumisse o legado da família em seu lugar. Jon executou Dany, não por sede de poder, mas para evitar maiores tragédias e nem assim é mencionado? Nem sequer para que fosse questionado e avaliado como impróprio, após o crime cometido?

Bom, prossigamos … quem ainda assim, mesmo após tudo ainda há de ser ouvido? Tyrion! Que usa um discurso frágil, se não miserável e apelativo para justificar a escolha a seguir que é temerosa.

“O que une as pessoas? Armas? Ouro? Bandeiras? Não. Histórias. Não há nada mais poderoso no mundo do que uma boa história. Nada a impede. Nenhum inimigo pode derrota-la. E quem tem uma história melhor do que Bran, o quebrado?”

Pára tudo. QUÊ? Se uma boa história fosse justificativa o suficiente, vários nomes naquele mesmo conselho levariam a honra de governar os Setes Reinos, mas ok, Tyrion ressalta algumas questões que também fazem semelhança a Jon. Relevemos mais uma vez e analisemos com cautela algo que Bran possui e que nenhum outro personagem dispõe: os poderes por ser o Corvo de Três Olhos. Outra questão que ficou mal explicada na série e que era esperado a todo o momento que isso fosse ser melhor esclarecido. Qual a real importância do Corvo? Como as habilidades dele poderiam ser usadas de forma vantajosa? Por que Bran em vários momentos, após assumir essa responsabilidade afirmou não ser mais o menino Stark, afirmou não ser mais Bran, afirmou não ser o Lorde de nada e que nunca poderia assim assumir tais títulos, pois era o Corvo? Na mesma temporada tivemos contato com os seguintes diálogos: (tradução livre, ok?)

1º episódio da 8ª temporada de Game of Thrones – Jon e Bran (assim que Jon e Daenerys chegam a Winterfell)

Jon Snow: Olhe só pra você, você se tornou um homem!

Bran: Quase
 

2º episódio da 8ª temporada de Game of Thrones – Bran (Durante a reunião para montar as estratégias de ataque)

Bran: Ele (O Rei da Noite) virá atrás de mim, ele tentou várias vezes com vários Corvos de Três Olhos. Ele quer uma Longa Noite. Ele quer apagar este mundo e eu sou sua memória dele (do mundo).

Ainda no 2º episódio da 8ª temporada de Game of Thrones – Jaime e Bran (no Bosque Sagrado)

Jaime: Sinto muito pelo o que fiz a você.

Bran: Você se arrependeu. Você estava protegendo sua família.

Jaime: Eu não sou essa pessoa mais.

Bran: Você ainda seria se não tivesse me empurrado daquela janela e eu ainda seria Brandon Stark.

Jaime: Você não é?

Bran: Não. Sou outra coisa agora.

Jaime: Você não está com raiva de mim?

Bran: Eu não tenho raiva de ninguém.

Jaime: Por que não contou a eles?

Bran: Você não estaria hábil a nos ajudar nesta batalha se eu deixasse que fosse morto.

Jaime: E depois?

Bran: Como você sabe que haverá depois?

4º episódio da 8ª temporada de Game of Thrones – Tyrion e Bran (Durante as comemorações no Salão de Winterfell, após terem vencido a Guerra contra os Caminhantes Brancos)

Tyrion: Você conhece nossa história melhor do que qualquer um. Isso seria útil como Lorde de Winterfell.

Bran: Eu não sou Lorde de Winterfell.

Tyrion: Você é o único filho vivo legítimo de Ned Stark. Você não quer isso

Bran: Eu realmente não quero mais

Tyrion: Eu sinto inveja de você

Bran: Você não deveria me invejar, eu praticamente vivo no passado

6º episódio da 8ª temporada de Game of Thrones – Tyrion e Bran (Durante o conselho)

Tyrion: “Eu sei que você não queria, sei que você não se importa com poder, mas peço a você agora que se o escolhermos, você usaria a coroa? Você irá conduzir os sete reinos para os melhores caminhos com as suas habilidades? Desde o seu primeiro até o seu último dia?

Bran: Por que você acha que cheguei até aqui?

Na mesma temporada o mesmo personagem entrou em conflito com ele mesmo? Como uma espécie de distúrbio de identidade? Bran deixou de ser Bran? Ou não deixou na realidade? Será que na realidade Bran não se importava mesmo com poder como havia afirmado? Era Bran, era Corvo, era quase homem, era outra coisa? Ao dizer pela fala retratada acima, durante o conselho, na realidade, Bran sabia exatamente como e quando chegaria ao poder. Percebem o conflito? Os desarranjos? As tentativas más feitas de tentar desviar a atenção de quem assistia para chegar até este resultado e que na realidade criou uma grande confusão na jornada do personagem?

Tyrion, inteligente como é, tem toda a razão em dizer que Brandon retém um poder que nenhuma outra pessoa possui e que seria de grande utilidade para um governante, poder vagar entre o passado, o presente e o futuro, mas em nenhum momento da série Bran utilizou de seus grandes poderes para realizar grandes feitios, nem mesmo na tal aguardada Guerra de Winterfell, Bran não serviu mesmo para absolutamente NADA a não ser isca. Aprendemos muito com a interferência dele no quesito do Hodor, mas se não poderá fazer interferência alguma ou se avantajar de suas habilidades para governar, de nada serve seu posto. Por isso o desfecho de quem sentaria no trono se torna tão amargo de aceitar. Se o personagem tivesse sido melhor desenvolvido, sua real identidade (que ainda mantenho dúvidas devido as pontas soltas deixadas e o descuido em fazer algo bem feito), ou até mesmo suas habilidades e essa falta de identidade própria se é uma coisa ou outra, o final teria sido da forma que foi, estupendo. é

ACERTOS DA OITAVA TEMPORADA

(Reprodução: Game of Thrones| HBO)
(Reprodução: Game of Thrones| HBO)
(Reprodução: Game of Thrones| HBO)

Em contrapartida, é preciso enaltecer que o desenvolvimento de Sansa Stark foi feito com muito cuidado e de forma completamente coerente (tirando a fala problemática do 4º episódio, já discutida no blog). A personagem foi criada para tudo o que conquistou e lutou até o fim pelo Norte. Arya também teve um belo desfecho, lutou, fez justiça e parou a tempo de evitar uma autodestruição e partiu para desbravar partes desconhecidas do mundo. O Norte sempre foi pouco demais para mantê-la ali. Sua trajetória também coincide com os valores da personagem, que mesmo tendo mudado, foram feitos com cuidado, nos fazendo perceber que eram necessários. Muito legal também ressaltar que apesar de achar um pouco desnecessário o envolvimento amoroso de Brienne e Jaime, a atitude de preencher as páginas do Livro Branco (onde registram os feitos de cada cavaleiro que já serviu a Guarda Real) destinada a Jamie. Uma bela atitude da agora então Cavaleira, principalmente porque Jaime era constantemente caçoado pelo título de regicida, inclusive por Joffrey, que o ofendia constantemente como se nunca houvesse promovido nada grandioso e por isso sua página era praticamente vazia.

Outros detalhes que são os menores dos problemas, mas causaram estranhamento:
  • Yara Greyjoy não teria tido a Independência das Ilhas de Ferro prometida por Daenerys a partir da aliança entre elas? Porque não questionou no conselho como Sansa fez? Caso a justificativa de invalidar o pedido seja pela morte de Daenerys, neste caso Gendry teria seu título como Baratheon revogado, assim como as Terras de Ponta Tempestade, que foram concedidos a ele no 4º episódio.

  • Alguns membros que estão presentes no conselho, não deveriam estar no conselho, não são Lordes ou Ladies e nem representam a Grandes Casas.

  • Os Imaculados partem para Naath, uma bonita lembrança de Verme Cinzento à Missandei, já que ela gostaria de retornar para essas terras, após o término da guerra e rever as praias e as borboletas. Porém as borboletas de Naath são conhecidas por proteger a ilha dos que não são nativos e os matam.

  • Bronn herda muitas terras devido a seus acordos e muito dinheiro como consequência e acaba se tornando Mestre da Moeda, o principal conselheiro Financeiro do Rei. O homem que passou a maior parte do seu tempo livre em bordéis e gastando dinheiro neles, aliás, cita novamente isso nesta cena se torna o Mestre da Moeda.

  • Samwell Tarly aparentemente assume o papel de Grande Meistre, mas sequer terminou os estudos para assumir tal função.

  • Bran ressalta que é necessário um Mestre das Leis, Um Mestre da Guerra (?) e um Mestre dos Sussuros (SÉRIO? DOS SUSSUROS? PRA QUÊ UM ESPIÃO SE ELE É O CORVO DE TRÊS OLHOS? OU NÃO É, OU É, OU NÃO É, PERA – talvez seja pra manter formalidade). Bran também questiona ao Pequeno Conselho se há relatos sobre Drogon e diz que tentará encontra-lo e sai quase que imediatamente do conselho assim que entra. Não é exibido ao público o desfecho dessa questão e não descobrimos nada sobre o Dragão após a cena da morte de Daenerys.

  • E o tal príncipe prometido de Melisandre?
(Reprodução: Game of Thrones| HBO)
(Reprodução: Game of Thrones| HBO)

Entende-se o que D&D quiseram fazer, mas sim, foi feito com muito descuido, falta de atenção e capricho, e prefiro não fazer análise de quais seriam as razões para tal, porque haviam mantido a série em alto nível até então, por isso é baixo retrucar o questionamento que muitos fãs fizeram e os motivos por terem demonstrado insatisfação, porque este nunca foi o nível de entrega dos showrunners antes. Uma coisa é criticar como as narrativas foram lideradas até a este ponto, outra coisa é estar insatisfeito pelo final não ter sido o que pretendido. Ainda acredito que se tivessem conseguido executar uma boa construção de alguns personagens e tivessem tido mais tempo para fazer isso, o final, teria sido melhor bem aceito e seria coerente de verdade. É preciso lembrar que exatamente por ter se tornado uma das maiores séries de TV da atualidade, era de se esperar um público exigente e não é para menos que muitos estejam infelizes com o final entregue da maneira que foi entregue.

Engana-se quem pensa que a insatisfação perante o último episódio de GOT estraga todo o brilhantismo da série. Seria de uma estupidez sem tamanho afirmar algo como isso.

NOTA:

Uma jornalista um tanto quanto nerd, apaixonada por conteúdo, música, filmes, séries e afins. Fundou o blog para dividir as alegrias e as angústias de uma vida que surpreende a cada novo capítulo.

3 Comments

  • Alexandre

    Oi Marcella,

    Acabei de ver toda a série. Nas últimas 3 semanas consegui ver quase todos. Tenho a mesma impressão sua. Ficaram pontas soltas mas valeu a pena. Parece que a história foi devagar até a 6, 7 temporada, depois correram.

    Parabéns pela análise.

    Abraço.

    Alexandre

    • Marcella Montanari

      Poxa Alexandre, que bacana receber seu comentário aqui!
      Game of Thrones é uma grande história, o final realmente poderia ter sido melhor estruturado, mas não estraga toda a experiência que a série nos proporciona. Muito obrigada por dedicar o seu tempo em ler a nossa análise e deixar sua opinião no blog. Sinta-se bem-vindo para voltar sempre que desejar. Um grande abraço da equipe Raprosando.

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