(Reprodução/Divulgação: Game of Thrones| HBO)
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GOT | 8ª Temporada – 3º Episódio: The Long Night

Um dos confrontos mais aguardados nesta temporada e que tirou o sono de muitas pessoas por dois anos, deixou a desejar, diferente da participação de Arya Stark no terceiro episódio da 8ª temporada. A Batalha de Winterfell foi intensa, agonizante, mas também incômoda de assistir. A entrega na qualidade do episódio pela HBO foi prejudicial na experiência do episódio. A má qualidade da imagem não passa tensão pelo confronto, mas pelo anseio de enxergar a batalha, o que se tornou impossível diante da fotografia do episódio. Caso tenha sido uma escolha proposital, então o episódio “The Long Night” também peca em direção. Entende-se que o favorecimento da escuridão se dá ao clima de guerra durante à longa noite conflituosa, afinal de contas, estamos falando de ambientação, mas a intensidade frustrou a experiência que poderia ter sido deveras excepcional.

O exército de mortos do Rei da Noite (Vladimir ‘Furdo’ Furdik) parece interminável e promove angústia em quem assiste, despertando falta de esperança em um possível desfecho feliz aos humanos. Presenciamos nossos personagens favoritos lutando pela vida, que a todo momento parece estar por um fio. O episódio nos tira o fôlego na torcida para que aqueles que amamos não sejam mortos e virem um número a mais no exército dos White Walkers. Porém, a qualidade da imagem, por não conseguirmos identificar os rostos que estamos acostumados, provoca descontentamento, dando a sensação de que não estamos acompanhando perfeitamente o conflito como deveríamos. Brienne (Gwendoline Christie), Podrick (Daniel Portman), Jaime (Nikolaj Coster-Waldau), Verme Cinzento (Jacob Anderson), Tormund (Kristofer Hivju), Gendry (Joe Dempsie) e demais soldados desaparecem na escuridão das cenas. O que conseguimos enxergar por vezes são vislumbres.

(Reprodução/Divulgação: Game of Thrones| HBO)

O Retorno de Melisandre

A Mulher Vermelha (Carice van Houten) retorna à trama e chega a Winterfell antes do início da batalha, aparecendo como uma espécie de esperança aos guerreiros e tem papel fundamental para a o feito de Arya Stark (Maisie Williams). Ao sair da escuridão de encontro às tropas, Melisandre auxilia os soldados com seus feitiços, acendendo as lâminas do povo Dothraki, ateando fogo nas trincheiras quando os demais soldados eram impedidos pelo exército dos mortos, assim como foi responsável por relembrar Arya Stark de sua profecia anos antes do confronto:

“Eu vejo uma escuridão em você. E nessa escuridão, olhos olhando de volta para mim. Olhos castanhos, olhos azuis, olhos verdes … olhos que você fechará para sempre”.

O terceiro episódio também fecha o arco da sacerdotisa do Senhor da Luz, que ao nascer do sol, caminha para fora dos portões de Winterfell, retira seu colar de rubi que aparenta reter uma magia que a mantém jovem. Melisandre retornou para cumprir sua missão com os vivos e assim o fez.

(Reprodução/Divulgação: Game of Thrones| HBO)

Olhos castanhos, olhos verdes e olhos azuis ...

Final inesperado e surpreendedor. Nada de Jon Snow (Kit Harington), Daenerys (Emilia Clarke) ou Jaime para salvar a pátria, como soavam as apostas, a corajosa Arya Stark é quem resolve o conflito e põe fim ao Rei da Noite, e consequentemente ao seu exército inteiro. Após relembrar da profecia da Mulher Vermelha, Arya entende que seu destino é destruir o líder do exército dos mortos, e assim, salvar o mundo da morte.

“O que falamos para o Deus da Morte?”
Hoje não!

Aliás, Arya é o destaque do episódio inteiro. Todo o sofrimento da personagem durante a série, os treinamentos árduos e as experiências de sobrevivência por todos os lugares que ela passou foram utilizados durante a batalha. Quem não se lembra da garota cega treinando com um cabo de vassoura? Conseguem ver a semelhança com a arma que a personagem encomendou com Gendry? A mobilidade dela com a arma e a quantidade de mortos que ela abate tem referência ao treinamento em Bravos.

O produtor David Benioff, revelou no especial “Inside The Episode” que os produtores sabiam há aproximadamente 3 anos que Arya Stark seria a responsável por matar o Rei da Noite, e que ele deveria ser morto por aço valiriano, ao ser atingido no mesmo local em que foi criado pelos Filhos da Floresta.

Teoria das Criptas

Após muitos rumores e palpites, a teoria das criptas de Winterfell se provou correta no terceiro episódio. Sim, o Rei da Noite era capaz de ressuscitar os mortos, mesmo os que já partiram há muitos anos e que ‘descansavam em paz’ nas criptas do Norte. Visto como um abrigo às pessoas durante o conflito na superfície, as criptas se tornaram uma armadilha. No momento em que o Rei da Noite desperta os mortos caídos para se reerguerem para a batalha, os túmulos presentes nas criptas de Winterfell também são despertados, colocando as pessoas e crianças que não lutam em perigo.

Confronto entre Dragões

Rhaegal e Drogon reencontram o irmão Viserion, que após ter sido morto por uma lança do Rei da Noite, agora atende aos seus comandos. A mesma cena nos revela que diferentemente do exército dos mortos, o Rei da Noite não é vulnerável a fogo e permanece intacto e com um sorriso debochado, após Daenerys ordenar que Drogon lance chamas sobre o líder dos White Walkers.

Apesar da pouca visibilidade do episódio de maneira geral, as cenas das chamas do dragão trazem luz e vida para o confronto. O embate entre os ‘filhos’ de Daenerys entrei si, formam coreografias nas alturas, mas que em sua grande parte não consegue ser decifrada ou entender perfeitamente o que está ocorrendo. Destaque para o momento acima das nuvens – cena LINDA!

Lyanna Mormont demonstra bravura até o último suspiro

A jovem herdeira da Ilha dos Ursos prometeu lutar pelo Norte e cumpriu bravamente sua promessa, protegendo os portões de Winterfell e comandando seus homens durante a batalha. Mesmo sendo atacada por um gigante que varre os homens ao seu redor, Lyanna Mormont (Bella Ramsey) corre para braços da morte, mas mata o gigante, antes do último suspiro, após ser esmagada pelo mesmo. (Choramos! E não foi pouco)

Theon Greyjoy se redime com os Starks em atitude heroica

Theon (Alfie Allen) não consegue proteger Bran (Isaac Hempstead Wright) do Rei da Noite, mas faz o máximo que pode dentro das condições que lhe é possível, além de ganhar tempo para que a verdadeira responsável pelo desfecho final chegue a tempo de impedir a maior tragédia de todas, atacar o Corvo de Três Olhos a fim de apagar a memória do mundo. Bran afirma que Theon é um bom homem e agradece-o por ter se dedicado a mantê-lo em segurança até o fim. Após todos os erros cometidos por Greyjoy, as palavras de Bran soam como o perdão que Theon buscava ao longo dos anos, por ter traído os Starks. O momento transcende a tela. No jogo de câmeras, é possível ver o número impressionante de mortos que Theon abate, para proteger Bran. É neste momento que você sente o quanto Theon lutou por redenção por todos os seus erros e o perdoa igualmente.

Sor Jorah Mormont cumpre a promessa que fez a Daenerys

Sor Jorah (Jorah Mormont) deu a vida por Daenerys e cumpriu sua promessa. Após ser abandonada em combate por Drogon, devido ao ataque dos mortos ao dragão, Jorah assume o papel de protegê-la na zona de guerra e assim o faz, e aguenta firme todos os ataques até que o fim do Rei da Noite, provocando a ruína de todo o exército. A cena emociona. Daenerys chora sobre o corpo de Jorah, até que Drogon retorna ao local e acalenta as asas ao redor de ambos, lastimando a morte do protetor de sua mãe, parecendo confortá-la.

Game of Thrones | 8ª Temporada - Prévia do 4º Episódio

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Uma jornalista um tanto quanto nerd, apaixonada por conteúdo, música, filmes, séries e afins. Fundou o blog para dividir as alegrias e as angústias de uma vida que surpreende a cada novo capítulo.

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